segunda-feira, 16 de junho de 2008

Amor na construção do saber


A difícil arte de escrever tem sido meu dilema. Como Edlene uma aluna-pesquisadora tenho amor pelo saber. Jenice a professora enfrenta a árdua tarefa de alfabetizar seus alunos. Otília admirada pelo corpo docente procura exercer o seu papel de coordenadora. E eu, João Calisto fui designado á árdua, mas prazerosa lida de escritor.
Na Escola Estadual Doutor Aniz Badra escolhida por Edlene para sua atuação como aluna-pesquisadora. Atuação está renovadora em sua vida, sendo agora uma pessoa empenhada em contribuir na construção do saber dos trinta e cinco alunos da primeira série b.
Acreditar, sonhar e viver. Sorrir, chorar e lutar. Lutar muito contra as dificuldades e pedras no caminho ultrapassar, transpor as barreiras. Cair e levantar para continuar a vida e tentar, tentar até alcançar. Dia após dia continua a lutar na meta de alcançar.
Outro dia Paulo Henrique chegou eufórico a contar suas descobertas do mundo das letras. Perguntou a Edlene o que começava com B. Ela disse vários nomes e objetos, porém só ouviu não, não é isso, é B de beatriz o nome da minha irmã, depois fez o mesmo com os nomes de seus outros três irmãos. Edlene extasiada o incentiva a prosseguir na busca do saber.
Certo dia, observei atentamente, algo preocupante, porém um ato de coragem. Pois tomada sua decisão de acreditar no potencial de cada uma dessas crianças, mesmo que preciso insistir muito em seus argumentos. Nossa pesquisadora se vê em uma turbulência de atividades, livros e crianças falando “EU NÃO SEI”. Ainda bem que na faculdade ela aprende o papel do educador. Faz tudo que pode para compartilhar as novidades com a professora e a coordenadora.
Não sei ao certo como transmitir tudo o que desejo. Por nessas linhas mal traçadas de um escritor emocionado com as mãos trêmulas ao toque do lápis no papel, dos dedos tocando o teclado gélido do computador. Só escrevo porque recebi tal incumbência. Às vezes, palavras me faltam, tenho ânsias de letras e sufoco-me ao insistir no ato deslumbrado da dispendiosa ao meu ser. Porém preciso este conto terminar, será que as forças não me hão de faltar.
No êxtase do mundo escrito os alunos da primeira série B enchem a sala de aula da alegria do SABER, SABER SER, SABER APRENDER, enfim SABER VIVER.
Em breves palavras, quero dizer o que aconteceu com Guilherme e Lucas Mário, que em um fim de aula estavam correndo quando Edlene perguntou se não queriam escrever para ela ver. Correram rapidamente e sentaram como robôs do comportamento. Assustada, chamou-os e pediu que explicassem o porque não queriam escrever. A resposta explodiu “ESCREVER PARA A PROFESSORA FALAR QUE ESTÁ TUDO ERRADO” desabafa Guilherme. Mas após ser animado por uma simples frase “PODE ESCREVER DO SEU JEITO, FORMANDO UMA LISTA DAS COISAS QUE VOCÊS MAIS GOSTAM”, podia-se vê-los entusiasmados com o lápis deslizando prazerosamente numa folha de linguagem.
O dia mais inusitado foi o da descoberta e desafio de Felipe ao ter que escrever numa sondagem. Quando quase terminou de escrever a frase “A BORBOLETA TEM AS CORES AMARELA, ROXA E LA”. Para pensa e vem o sofrimento, os olhos cheios de lágrimas e no rosto as marcas acentuadas do medo e do pavor. Mesmo com várias tentativa de Edlene não o convenceu a continuar. João Pedro e Mariana observam e o encorajam, mas nada resolveu. A salvação chegou! Loira e feliz surgi à dona da alegria de crianças sufocadas entre quatro paredes. Sim é ela, a professora de Educação Física. Felipe então age rapidamente e escapa. Depois de volta a sala, renovado e alegre resolve enfrentar o temível LA. Senta ao lado de Edlene e põe-se a pensar e escreve LAHAJA. Atendendo ao seu pedido, olha para ela e lê LA. Para, pensa e diz: - MAS NÃO TEM FAMÍLA DO H. Ouve um:- E agora? Apaga deixando o LA e volta a pensar quando de repente escreve LARAJA. Chama Edlene que logo se põe a sorrir extasiada de muitíssima alegria dizendo: - Vamos, leia. Ele sorrindo e não menos extasiado lê com a voz, alma e coração a solução LARANJA. João que a tudo assistia, logo diz: - Viu é como ela disse, é só não ter medo.

Autora: Edlene

Com base no que tenho aprendido com as crianças da sala onde atuo como aluna pesquisadora, criei meu conto para a atividade de língua portuguesa. Aqui derramei minha inspiração, amor e dedicação com as crianças. Em uma conversa com meu irmão, ouvi que o que parece apenas um simples momento passageiro pode ser falado, escrito e atá interpretado de diversas maneiras.

Almejo muito comtemplar cada criança das 35 da 1ªB, alfabetizadas e letradas no final desse ano. Pois as crianças são o futuro da nossa nação.

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